Paulinho da Viola

Hoje eu vim minha nega
 Como venho quando posso
 Na boca as mesmas palavras
 No peito o mesmo remorso.

 Hoje eu vim, minha nega
 Andar contigo no espaço 
tentar fazer em teus braços um samba puro de amor 
Sem melodia ou palavra pra não perder o valor.

 Hoje eu vim, minha nega
 Querendo aquele sorriso
 Que tu entregas pro céu
 Quando eu te aperto em meus braços.

 Guarda bem minha viola,
 meu amor e meu cansaço.

 Hoje eu vim, minha nega
 Sem saber nada da vida
 Querendo aprender contigo a forma de se viver
 As coisas estão no mundo só que eu preciso aprender.