Fernando Brant

Há um menino, há um moleque
 Morando sempre no meu coração
 Toda vez que o adulto balança
 Ele vem pra me dar a mão

 Há um passado no meu presente
 Um sol bem quente lá no meu quintal
 Toda vez que a bruxa me assombra
 O menino me dá a mão

 E me fala de coisas bonitas
 Que eu acredito que não deixarão de existir
 Amizade, palavra, respeito, caráter, bondade Alegria e amor
 Pois não posso, não devo, não quero
 Viver como toda essa gente insiste em viver

 E não posso aceitar sossegado
 Qualquer sacanagem ser coisa normal
 Bola de meia, bola de gude
 O solidário não quer solidão

 Toda vez que a tristeza me alcança
 O menino me dá a mão
 Há um menino, há um moleque
 Morando sempre no meu coração

 Toda vez que o adulto fraqueja
 Ele vem pra me dar a mão