Paulo Bomfim

  Ninguém tem culpa

Daquilo que não fomos!

Não houve erros,

Nem cálculos falhados

Sobre a estepe de papel.

Apenas,

Não somos os calculistas

Porém os calculados,

Não somos os desenhistas

Mas os desenhados,

E muito menos escrevemos versos

E sim somos escritos.

Ninguém é culpado de nada

Neste estranhar constante.

Ao longe, uma chuva fina

Molha aquilo que não fomos.

Edição: José Claisson Aléssio